'' Algumas pessoas de tão doces, enjoam. Alguns venenos de tão amargos, conquistam.''

junho 01, 2012

Mês de maio.

E nada como  novas aventuras, para  revigorar a alma de uma mulher.
Uma mulher? Talvez a tentativa de me tornar uma. Eis a grande questão, seria mesmo o amor, tão fundamental capaz de mudar tudo ? Ouço rumores de que, quem te ama, lhe aceita como  é. Acredito que se o amor de fato, é a unica revolução verdadeira e a unica revolução verdadeira seja o amor, nós mudamos com ele por fim.
Não que sejamos volúveis, é apenas uma realidade, o amor  transforma as pessoas. E não estou lhes dizendo sobre amor clichê, '' eu não  vivo sem você, minha vida depende de ti, te amarei para sempre...'' Digo em alto e bom som, estou à falar de amor de verdade. Amor que  não precisa ser declarado na frase mais banal dos últimos dez anos. Falo de um amor, tão amor, que  nem precisa ser pronunciado.
Um amor que te faz ficar acordada até as sete horas da manhã, apenas para aproveitar a companhia. Que te acorda no meio da noite para fumar um cigarro ou que  diz que gosta de você, sem usar palavras.
Um amor tão real que não cria expectativas e que enche sua vida de romance e musica, disfarçados entre um copo de bebida e outro, abraços escondidos e beijos roubados. Amor este que te faz, ler Gabriela Cravo e Canela, e todas aquelas palavras fazerem todo o sentido do mundo ou  amor que acha graça em um programa de TV qualquer.
Amor que te faz recitar  poesias para si mesma diante do espelho e ter vontade de dançar.
O amor muda, então.
 Me mudou.
Eu não era essa moça que vos escreve com um sorriso no rosto, analisando  cada palavra a ser posta no papel. Eu era uma mulher, que nem tinha sequer ideia da importância de ser. Não falo dos sapatos, das roupas e da maquiagem. Mas do modo de ver a vida e falar dela.
Tirei o mês de maio para refletir sobre isso.
Sobre quem eu era, quem eu pensava que era e quem eu  gostaria de  ser.
Juntei tudo. Me refiz e me amei.
 Meus amigos adoraram, meus pais nem me reconheceram e até quem me vê sorrindo por ai, sabe que não sou mais a mesma. E quem eu sou então?
Ao certo, nunca se sabe.
Tenho  trinta  e ando agindo como se tivesse a metade.
Me meto dentro de um ônibus a hora que for, apenas para te ver. Dirijo por horas se for vontade tua. Telefono, escrevo bilhetes e planejo surpresas.
Te amo, não te amando. E mudo à cada instante. E à cada mudança, me torno alguém melhor.
E melhor porque ?
Por unica e exclusiva razão.
Por conta dessa arritmia que sinto quando estou com você e todas suas manias e beijos.
Sem pensar no futuro. Apenas espontâneo do modo que tu és.
Lindo e sincero.
Como isso que sinto, que é tão bonito e forte, para ser chamado de amor.


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