Tanto medo do amor. Tanto medo de te amar, tanto medo de não me amar.
Tanto medo de te decepcionar, te frustar, te machucar.
Me decepcionar, me frustar, me machucar, me doar.
Tanto medo de que você encontre alguém melhor que eu , que seja sincera o bastante para lhe proporcionar tudo o que eu não fui corajosa o suficiente para proporcionar.
Medo de que alguém te faça feliz. Verdadeiramente feliz.
Como você diz, o que tivemos não foi real. Foi uma grande ilusão, talvez a mais linda de toda a minha vida, Flor de Liz.
Talvez você tenha sido a coisa mais maravilhosa de toda a vida e eu me libertei.
Me libertei de todo este amor puro existente em seu coração, que sou indigna de corresponder.
Seria injusto, misturar toda a sua pureza com minha promiscuidade. Seu coração nobre, com o meu constituído apenas por imperfeições.
Entre tantas inverdades, posso reafirmar com todo o bom senso que me restou e o pouco de lucidez que consegui preservar, o meu amor por você é eterno.
Quando dizem, o amor é louco, eu sinto na pele o que é isso.
Amo-te tanto que não me permito viver em tua companhia. Já lhe disse que tu és uma pequenina flor e sou uma borboleta que vaga entre os jardins? Sugando o que tens de melhor e não doando nada em troca.
Vivo para sentir dor, saindo de todos os lugares e voltando sempre pra lugar nenhum.
Sem companhia, sem apreço. Sempre com medo, sempre sozinha.
E o teu perfume segue inebriando os sentidos, para atrair novos amores... Para atrair alguém que lhe regue com todo o amor que houver nessa vida.
E daqui voou eu, sempre em frente, sem olhar para trás, levando na memoria a pequena mais bonita que já vi.
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