'' Algumas pessoas de tão doces, enjoam. Alguns venenos de tão amargos, conquistam.''

junho 20, 2011

A vinda de Carolina para o tão sonhado mundo desconhecido.


Existe o porque de sofrer tanto assim? ...
Carolina despediu-se e foi, fumando um cigarro para aliviar alguns centímetros de sua imensa dor. Cigarros conheceu através dele, bebida também mas este é um capitulo a parte.
Agora vos dirijo a palavra , como se fosse eu a pura alma de Carolina gritando, queimando dentro de seu próprio corpo,seu próprio inferno.
Sentia frio, sentia calor;precisava partir, queria ficar. Fotos rasgadas, memorias intactas(...) Tudo perfeito. Perfeito como nas cenas de filme; empurrando ao espectador como dose de remédio cruel, o fim do amor.

E agora onde estaria Carolina? Fundo do poço como eu já imaginava. Estava precisando dar sentido a sua vida; dinheiro era pouco, coragem nem tanto. Encheu-se de si, jurou que construiria uma nova vida e deu-se por satisfeita.
Confesso, apenas por alguns instantes. Ela sabia que podia mais.
Mas o melhor ainda estava por vir [...]

Estação, tarde da noite, muito frio, muita gente estranha, nenhuma mala e pouca roupa. [...] Entrar no primeiro trem que parar e aproveitar ao máximo este bilhete unico que roubei. [...] Este era o mais nobre dos pensamentos que lhe restara.

Pulou no trem , feito gato assustado. Nunca andará em coisa tão monstruosa a seu gosto. Sentou-se em um banco vazio, daqueles de um assento só, sentia tanto medo das pessoas que decidiu sentar-se ali, para que ninguém se aproximasse evitando assim qualquer tipo de surpresa.
Com seus olhos grandes fitou tudo ao seu redor, sem pensar em nada, apenas olhou.
Já mencionei quanta sede existia dentro daquele olhar? - Para muitos, eram mais intensos que os olhos de Capitu do Machado.

Naquele ambiente todo fora do comum e tão longe de seu recanto, viu uma mulher linda, luxuosa e aparentemente rica. E muito além.
[O que estaria fazendo ali, perdida em um trem? Vamos descobrir.]
Do jeito que a mulher olhou para Carolina - um pensamento ecoou dentro de si, muita roupa pouca vergonha. 'Nunca mais tirou essa frase da cabeça.'
Então que conheceu um pouco mais de Rute - aquela que viera ou melhor, surgirá para mudar sua vida.
Carolina não tinha lugar pra ir, gostou do único sorriso que lhe foi oferecido até ali, agora deixando o medo de lado, sorriu de volta.
Esperou até a próxima estação, entre um calor estranho dentro do peito e um frio que gelava suas pernas,se ela não descer vou ao encontro dela.
O futuro já estava traçado; só restava o destino ajudar.


Rute não desceu, Carolina levantou e foi mudar sua vida.
A mulher robusta, de ar arrogante e inteligencia pretensiosa tinha planos para nossa pequena menina.

- Chegou a hora de lhes falar um pouco sobre ela ...

Carolina, a mulher herói.
[CONTINUA]

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