'' Algumas pessoas de tão doces, enjoam. Alguns venenos de tão amargos, conquistam.''

dezembro 05, 2010

O café está pronto, a hora da morte chegando.




Estou louca. O café me deixou louca. Não que eu já não fosse. Mas agora estou um pouco mais.
Cafeina sempre foi meu ponto fraco. Me irrito sem café, sem o meu delicioso café.
Forte, amargo, puro e bem quente. Essa também é minha vida. Forte, amarga, pura e bem quente.
Dai minha paixão por café.
Ainda sim estou louca, ouço vozes e sinto medo. Vozes que ecoam de dentro para fora que fazem uma enorme persuasão em minha cabeça.
Dentro de mim, vejo o que ninguém jamais poderá enxergar, muito menos a olho nu.
Andei me tornando tão misteriosa, que nem eu mesma consigo me decifrar.
Olho dentro de minha alma e me deparo com amores que não são mais meus, ou jamais foram.
Se foram de fato, não dei o valor que mereciam. Pois minha vida é amarga e pura. E meu coração é sozinho e a paciência não me faz companhia. Que ironia, logo eu que cobro tanto paciência dos meus amantes. Mas paciência, não tem haver com afeto. Estes me amam, e são pacientes comigo. E eu não consigo ao menos retribuir.
Nem as flores, nem os beijos, nem os perfumes,nem as caricias ,nem a compreensão, nem o afeto e tão pouco o amor.
Pois eu sou café, forte, amarga, pura e quente. Sou daquelas para se beber em apenas um gole, veneno para ser ingerido em apenas uma dose, pois sou o tudo e sou o nada.
Não me suicido dia após dias. Não vivo morrendo há cada segundo. Eu vivo. Eu vivo sozinha. Eu vivo triste. Mas assim eu vivo. E quando for a hora, sem muito alarde eu me mato. Assim sem adeus nenhum. Prefiro o silêncio, morrer não deve ser tão fácil. Mas as vozes já estão chegando a me torturar.

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