'' Algumas pessoas de tão doces, enjoam. Alguns venenos de tão amargos, conquistam.''

outubro 27, 2010

O pesadelo, do grande sonho.


Eu que nunca gostei de azul, me vi pedida na imensidão do mar. Senti medo.
Mas na presença dele não era mais sozinha. Foi então que me lembrei de como é ser feliz. Achei o azul tão lindo, era sua cor preferida.
A noite estava cativante, um tanto convidativa. - o amor não poderia mais esperar -
Tenho para mim, que todas as estrelas resolveram brilhar juntas naquela noite. Tudo na mais perfeita sintonia. Ele estava mais cheiroso do que o comum, ainda usava o mesmo perfume, depois de tanto tempo. Aquele mesmo, que ainda guardo em minha memória.
O encontrei com seu sorriso mais bonito, estampado naqueles lábios ; que considero o mais perigoso de todos os precipícios. Ele era o caminho, a perdição.
Apenas por alguns segundos, resolvi não pensar e contemplar toda aquela simplicidade, toda a sua beleza .
Ele havia mudado, sua essência estava mais forte, tão delicioso. Confortavelmente delicado, companheiro.
Perguntei o motivo de tal mudança; com toda a humilde capaz de existir dentro de seu coração;
sem tirar o sorriso do rosto me disse :
Eu precisava que você voltasse. Desde o dia que você deixou de me amar, eu desaprendi a viver.
Me senti lisonjeada com aquelas palavras. - eu, egoísta como na maioria das vezes. -
Foi então que extremes si : ele se aproximou, tocou meus cabelos como antes - e como a muito, não fazia - singelamente me abraçou, com seus lábios tocou meu pescoço.. subiu até meus ouvidos, escolheu o lado que sabe, que me faz arrepiar e sussurrou : me perdi, quando vi você partir.
Não consegui, ser forte.. as lagrimas rolaram em meu rosto. A verdade doía. O beijei com ternura. Uma canção triste, nos rondava. O abracei como antes nunca havia feito. Senti uma imensa saudade de nós dois e eu vi que tudo impedia minha vontade.
E o silêncio se fez. Meu coração agora, sangrava. A culpa era minha.

E então ele se foi. Como uma brisa linda de verão.

Não sei por qual motivo, talvez por esperança.. abri meus olhos.
Continuava ali.. com o rosto marcado pelo tempo, usando o vestido preferido dele. Sozinha.
Imagine eu, que não gosto de praia, lá estava. Não sei por quanto tempo, fiquei ali sentindo a brisa, o cheiro. Pensando ..
Sei lá que horas eram, já estava perto de amanhecer.. o mar me fazia lembrar, de tudo que eu já quis muito esquecer e agora faço questão de não perder nenhum detalhe.
O vento soprava meus cabelos, me acariciando. Tentando roubar um sorriso. Em vão.
Eu não queria mais sorrir, estava cada vez mais só.
Corri em direção ao mar e deixei que a fúria deste me castigasse. Eu merecia.
Tudo que por instantes foi calmaria, voltou a ser o terror diário. Sei que é tarde amor, não ouso mais te pedir desculpas. O sol estava nascendo beijando meu rosto, secando minhas roupas molhadas, e junto com ele ; nascendo minha dor.

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