'' Algumas pessoas de tão doces, enjoam. Alguns venenos de tão amargos, conquistam.''

maio 08, 2011

O fim está próximo.


Não tem explicação. Sou uma incógnita para mim.
Já há muito tempo tenho me encontrado assim, fora de órbita.
Sinto felicidade instantânea, ouço sinos e borboletas na barriga. Noutras vezes, vomito as borboletas mortas e choro de dor.
Uma extrema confusão.
Deito na cama e tenho milhares de idéias pra solucionar os problemas de minhas mocinhas, entro no chuveiro e falo sozinha sobre como minha vida anda. Ou então, sentada em qualquer sarjeta, escrevo sem intenção minhas melhores histórias.
Às vezes me sinto tão acuada, que tenho vontade de parar na primeira igreja e me ajoelhar, e pedir perdão por tudo que fiz - Ainda mais, por tudo que deixei de fazer-, agradecer pela minha coragem,ou pelo pouco que me resta.
Ás vezes eu choro, sozinha - pois você não está mais por aqui, para me acalmar- E sozinha me consolo. Tem dia que é difícil sabe? Eu tenho vontade de morrer. Eu brigo com todo mundo e sou incapaz até de desejar um bom dia. Me sinto desmotivada é como se o mundo nestes momentos, pudesse parar de girar.
Tem noite, que eu acordo assustada, com uma vontade imensa de organizar as gavetas do meu coração e colocar cada amor no seu lugar. Dentro de cada caixinha e tranca-las, os impedindo que voltem e façam um estrago. Como sempre digo, o que foi não pode atrapalhar o que ainda deve ser.
Mas meu coração é confuso feito eu, pra ele não existe gaveta não. É tudo numa coisa só, é amor demais. Não existe tempo que os apague, ou remédio que os curem. Ficam todos aqui, como se nada tivesse mudado e para cada um, eu ainda sou a mesma.
Amores estes, todos mau resolvidos. Com um gosto estranho, um sabor de fruta mordida. Não sou boa, com essas história de fim. Mas estou sempre indo embora, sempre fugindo de mim. Feita a ultima dose. O ultimo beijo. A partida.
Todo mundo é meu, mas eu não sou de ninguém. Eu não tenho ninguém.
Por isso eu escrevo, por isso eu me liberto. Dessa confusão, desse medo. Desse nosso amor, dessas lembranças. Me despeço, e saio por ai, sem rumo, sem carinho.

Me visto como se fosse matar alguém, destilo meu veneno, me divirto por poucas horas. Fumo meu cigarro, engulo meus comprimidos. Mas não, minhas palavras pois elas são tudo o que tenho. Eu que agora não tenho nada, nem casa, nem amigo, nem bebida. Apenas solidão. Não vou aguentar muito tempo.

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