Pois é, você me machucou, e machucou muito. Mas não foi depois do fim.
Hoje sem tua presença, consigo enxergar o quanto me deixava mal, o quanto conseguia tirar minhas forças,como me proibia de fazer tudo que eu gosto, de como me fazia chorar facilmente e ainda assim eu o amava. O amava, porque eu realmente não sabia o que era o amor de verdade, porque não haviam outras opções, o amava por medo de ficar sozinha.
Porém, eu não preciso mais te amar, porque sei que nunca o amei de verdade, quando te conheci até pensei que havia descoberto o amor... Cheguei a acreditar seu sentimento por mim fosse algo parecido, mas na verdade eu nunca soube. E nunca foi.
Percebi isso quando você me disse acabou.
Naquela noite eu chorei demais. Mas quando, eu acordei, percebi que não haviam mais lágrimas, e nenhum suspiro saiu da minha boca. Senti um gosto de liberdade, acendi um cigarro e fiquei alegre por saber que você não iria voltar. Vi ali um desperdício de tempo, de animo, de paciência.
Só senti necessidade de ser feliz... Ser feliz sozinha. Coisa clichê... mas foi olhando no espelho que vi uma mulher linda, cheia de vida, cheia de sonhos, que não precisa de ninguém ao seu lado ditando as regras de seu próprio jogo.
Foi ai que decidi jogar.
E assim fiz, fui ao mundo; dancei, cantei, e arrasei, e continuo assim até hoje, brincando com a felicidade.
Mas, e você? Que eu nunca mais ouvi falar?
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