'' Algumas pessoas de tão doces, enjoam. Alguns venenos de tão amargos, conquistam.''

março 23, 2011

Aborto espontâneo

Ontem fui dormir, com uma vontade enorme de nunca mais acordar.
Levantei, depois de longas horas, na companhia de pesadelos terríveis.
Semana de provas, emprego. Dor de cabeça, melhor amigo que mora longe. Namorado desligado, mãe megera, chefes mandonas, pai desatento... Felicidade escapando entre os dedos. Olhares indiscretos, que julgam. Lançam as ventos minha imaturidade, impaciência e meus medos.
Foi então que passei a me sentir assim, abortada. Desolada. Sem casa, sem sonhos, sem vontades. A ferida que aqui estava quase cicatrizada, voltou a doer. Intensamente.
E eu não vejo ninguém para enxugar tantas lágrimas, e muito menos que saiba dos meus motivos.
Tanta gente a minha volta, estou tão sozinha. Não há luz do fim do caminho e a calmaria que rondava minha alma voou. Talvez tanta dor, tenha resultado deste meu jeito, de levar tudo a ferro e fogo. Essa minha mania de sempre saciar as minhas vontades.
Agora eu entendo, acho que posso ver o brilho da solução ... é espontâneo, é o que me parece certo a fazer.

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